1. Principais Imperadores Romanos nos primeiros cinco séculos
A. Júlio César
Personagem mais importante no processo de encerramento da República Romana e criação do Império Romano. Nasceu em 100 AC, governou Roma como ditador por um bom período, e morreu assassinado por Brutus, em 44 AC. Por cerca de dezessete anos, até 27 AC, a entidade que viria a ser o Império viveu uma vida tumultuada.
B. Augusto César
Sobrinho neto de Júlio César e seu filho adotivo. É considerado o primeiro Imperador Romano. Governou de 27 aC até 14 aD (40 anos). Era o Imperador Romano quando Jesus nasceu.
C. Tibério César
Segundo Imperador Romano, governou de 14 a 37 aD (22 anos). Era o Imperador Romano quando Jesus foi batizado, exerceu seu ministério, e morreu.
D. Nero
Governou de 54 a 68 (13 anos), sendo responsável por uma perseguição aos cristãos de Roma, que foram responsabilizados por ele pelo incêndio da cidade, em 64, que, possivelmente, foi iniciado por ele próprio. Pedro e Paulo provavelmente morreram em Roma durante o seu reinado.
E. Décio Trajano
Governou de 249 a 251 (2 anos), sendo responsável pelo início da primeira grande perseguição dos cristãos pelo Império, que continuou por quase dez anos.
F. Valeriano
Governou de 253 a 260 (7 anos), tendo primeiro continuado e depois encerrado a grande perseguição iniciada por Décio.
G. Diocleciano
Governou de 284 a 305 (20 anos), sendo responsável pela última onda (não tão generalizada quanto a de Décio a Valeriano) de perseguições aos cristãos.
H. Constantino I (chamado de O Grande)
Governou de 306 a 337 (31 anos), sendo o responsável pela transformação do Cristianismo em religião lícita no Império (Edito de Milão, 313). Converteu-se ao Cristianismo, convocou e presidiu o Concílio de Nicéia (325), considerado o Primeiro Concílio Ecumênico do Cristianismo. É considerado o Imperador Romano mais importante para o Cristianismo por ter tirado o Cristianismo da condição de religião ilícita, tornando-o, formalmente, religião lícita. Mas, na prática, foi muito além disso. Converteu-se ao Cristianismo e protegeu a religião que adotou, dando-lhe recursos para construir igrejas, catedrais, basílicas, etc. em todo o Império, mas principalmente em Roma e nas cercanias. Refundou a cidade de Bizâncio, renomeando-a Constantinopla (hoje Istambul), e transferiu a capital do Império para lá em 330 AD. Com isso deixou Roma praticamente nas mãos do Bispo de Roma.
I. Teodósio I
Governou de 379 a 395 (16 anos), sendo responsável pela transformação do Cristianismo em religião oficial do Império (Edito de Tessalônica, 380). Convocou o Primeiro Concílio de Constantinopla (381), considerado o Segundo Concílio Ecumênico do Cristianismo.
J. Valentiniano III
Governou de 424 a 455 (31 anos), sendo responsável pela convocação do Concílio de Éfeso (431) e do Concílio de Calcedônia (451), considerados, respectivamente, o Terceiro e o Quarto Concílio Ecumênico do Cristianismo.
K. Rômulo Augusto
Governou por 11 meses em 475-476, sendo o último Imperador do Império Romano Ocidental Clássico iniciado por Júlio César. No ano 800 se faria uma tentativa de ressuscitar o império, agora denominando-o Sacro Império Romano do Ocidente. (CURIOSIDADE: O Império Romano Clássico, que durou cerca de 500 anos, de 27 aC até 476 aD, foi considerado por Hitler o Primeiro Reich; o Sacro Império Romano do Ocidente, que existiu de 800 até 1918, por mais de mil anos, portanto, foi considerado por Hitler o Segundo Reich. Hitler imaginava que seu império, iniciado em 1939, seria o Terceiro Reich, e que, como o segundo, duraria mais de mil anos).
2. Principais Papas nos primeiros seis séculos
Em ordem cronológica inversa. Os números indicam a ordem, partindo de Pedro, que, segundo a tradição, teria sido o primeiro Bispo de Roma e, assim, o primeiro Papa.
64. Gregório (o Magno) (590-604) |
50. Anastácio II (496-98) |
45. Leão I (o Grande) (440-61) |
43. Celestino I (422-32) |
37. Damásio I (366-84) |
36. Libério (352-66) |
33. Silvestre I (314-35) |
31. Eusébio (309-310) |
23. Estêvão I (254-257) |
22. Lúcio I (253-54) |
21. Cornélio (251-53) |
17. Urbano I (222-30) |
16. Calixto I (217-22) |
15. Zeferino (199-217) |
04. Clemente I (88-97) |
01. Pedro (32?-67?) [presumido] |
3. Principais Heresias nos primeiros cinco séculos
Em ordem alfabética:
Adocionismo |
Arianismo |
Docetismo |
Donatismo |
Ebionitismo (Ebionismo) |
Gnosticismo |
Monarquianismo (Monarquismo) Dinâmico |
Monarquianismo (Monarquismo) Modal |
Monofisitismo (Monofisismo) |
Monotelitismo (Monotelismo) |
Montanismo |
Nestorianismo |
Patripassianismo |
Pelagianismo |
4. Concílios Ecumênicos nos primeiros oito séculos
1. Concílio de Nicéia I (325) |
2. Concílio de Constantinopla I (381) |
3. Concílio de Éfeso (431) |
4. Concílio de Calcedônia (451) |
5. Concílio de Constantinopla II (553) |
6. Concílio de Constantinopla III (680) |
7. Concílio de Nicéia II (787) |
5. Principais Pais da Igreja nos primeiros seis séculos
A. Os Chamados Pais Apostólicos
Clemente (Bispo de Roma, Carta aos Coríntios) [?/99]
Inácio (Bispo de Antioquia, Cartas) [35-50/98-117]
Aristides de Atenas [?/133-134]
Policarpo (Bispo de Esmirna, Carta aos Filipenses) [69/155-160]
Atenágoras de Atenas (Súplica em Favor dos Cristãos) [133/190]
B. Os Chamados Apologistas do Segundo Século
Justino Mártir (Apologia) [100/165]
Irineu de Lion (Contra as Heresias) [?/202]
C. Os Chamados Pais Alexandrinos e Orientais
Clemente de Alexandria (Stromateis) [150/215]
Orígenes (Sobre a Oração, Exortação ao Martírio, Diálogo com Heráclides) [184-195/253-254]
Atanásio (Sobre a Encarnação do Verbo) [296-298/373]
Basílio, o Grande (Bispo de Cesareia) [329-330/379]
Gregório de Nazianzo (Orações Teológicas, Cartas sobre a Controvérsia de Apolinário) [329/390]
Gregório de Nissa (Não Devemos Pensar que Haja Três Deuses, Instrução Religiosa) [335/395]
João Crisóstomo (Bispo de Constantinopla, Divina Liturgia) [340/407]
D. Os Chamados Pais Latinos (Romanos ou Africanos)
Tertuliano de Cartago (Prescrições Contra os Hereges) [160/225]
Hipólito de Roma [170/235]
Ciprião de Cartago (A Unidade da Igreja Católica) [200/258]
Dionísio de Roma [?/268]
Hilário de Poitiers (Na França, não na Itália ou África, mas falava Latim) [300/368]
Ambrósio de Milão (Cartas) [340/397]
Jerônimo (A Vulgata) [347/420]
Agostinho (Bispo de Hipona, Confissões, Cidade de Deus, Trindade, etc.) [354/430]
Gregório (Papa Gregório I, o Grande, de 59/604) [540-604]
Em Salto, 21 de Novembro de 2016, revisado em 21 de Março de 2017
Eduardo Chaves
Professor de História da Igreja / FATIPI